domingo, 26 de agosto de 2012

EXISTE POLÍTICA ALÉM DO VOTO!



Já percebeu que votar não resolve os verdadeiros problemas da população? Vem governo, vai governo e a situação permanece igual. Nas eleições, os políticos prometem soluções para todos problemas e pedem nossos votos, mas quando são eleitos esquecem daqueles que o elegeram.
Quantas decisões são tomadas sem a nossa opinião? Mudam as leis, constroem usinas e estádios de futebol, aumentam a passagem do transporte público, gastam milhões com seus salários… Mas nada de mais hospitais, escolas e creches. Não fazem nada em relação às enchentes. A polícia continua oprimindo o povo todos os dias.
Os governantes dizem que são ações para o nosso “bem” e que é o “melhor para a gente”. Mas como podem saber o que queremos se não nos consultam?
Eles não querem saber o que precisamos, queremos e desejamos.
Isso tudo não é novidade para maioria de nós. Enxergar que as coisas não vão bem já é um começo, mas não basta. Devemos ir além! Temos que tomar de volta nossas vidas em nossas próprias mãos!!!
Ninguém mais aguenta essa política que nos impõem. A democracia representativa, esse sistema baseado nas eleições de políticos para cargos de governo, é o que mantém as coisas como estão. O poder está concentrado nas mãos de uma minoria que governa em favor dos ricos e poderosos, ignorando as necessidades e os desejos do povo.
O crescimento econômico é uma farsa, pois somente os grandes empresários se beneficiam com ele. O povo, como sempre, recebe só as migalhas que caem dos bolsos cheios dos donos do capital que são favorecidos por aqueles que detém o poder. E nesse sistema capitalista sempre quando alguém ganha, muitos outros perdem…
É por isso que nos colocamos contra esse sistema político-econômico. Não aceitaremos mais que os políticos decidam por nós! Vamos nos organizar e construir novas formas de viver em sociedade.
Existe política além do voto! Votar de quatro em quatro anos não é fazer política. Existe um outro mundo a ser descoberto. Ele não está tão distante quanto imaginamos. Para vê-lo, basta apenas pararmos de aceitar o que nos impõem e passar a agir para alcançar um horizonte que está além do que estamos acostumados a enxergar.
Para isso propomos fazer política todos os dias, coletivamente, e que as decisões e ações partam de cada um e de todos. Uma política construída diretamente pelas pessoas. Que elas mesmas tenham a possibilidade concreta de defender seus interesses e decidirem sobre o rumo das suas vidas, associando-se com outras pessoas que tenham interesses e vontades em comum. Que as decisões sejam tomadas com todos os indivíduos em pé de igualdade, sem nenhum indivíduo com mais poder do que outro, baseados em uma relação de cooperação e solidariedade.
Propomos, ao invés da democracia representativa e das eleições, uma democracia direta em que as pessoas se organizem para decidir sobre os assuntos nos quais estejam envolvidas, seja no seu bairro, na sua escola, no seu local de trabalho, enfim, em qualquer espaço de convivência. Queremos uma política que seja feita no dia-a-dia, que esteja integrada às nossas vidas. Que não tenhamos mais que escolher um governante. Uma política na qual não precisemos mais votar e nem eleger ninguém! Que sejamos nós mesmos a decidir e agir na organização da sociedade.
Essa proposta política é praticada em diversas partes do mundo e por muitos grupos diferentes. Trabalhadores se reúnem para produzir bens ou prestar serviços sem necessidade de um patrão, em sistema de autogestão. Diferentes grupos de pessoas se organizam em associações de bairros, mantém centros culturais, participam de movimentos sociais, culturais e políticos, assim como de manifestações, protestos, ocupações e ações para denunciar as injustiças cometidas pelo Estado e pelos capitalistas. São pessoas que pela ação direta, sem representantes e sem chefes, decidem e atuam na política e na economia de nossa sociedade. Esses grupos se comunicam e se coordenam, combinando ações, criando laços de apoio e ações conjuntas, mas cada um com sua autonomia, organizando-se sem hierarquias e sem um grupo dirigente ou governante, associando-se num sistema que chamamos de federalismo.
Acreditamos que só assim construiremos uma sociedade livre, justa e igualitária.
Façamos nós mesmos a nossa história! Existe política além do voto!
http://www.alemdovoto.org/

A Outra Campanha



A Outra Campanha é uma articulação aberta aos grupos, movimentos e companheiros interessados em construir uma outra forma de fazer política, com base no protagonismo e na luta popular. É na luta que se cria o poder popular, que fazemos valer nossos direitos e arrancamos das elites políticas e econômicas as conquistas. A Outra Campanha Brasil é inspirada em La Otra Campaña organizada pelos zapatistas e espalhada pelo mundo.

http://outracampanhabrasil.blogspot.com.br/

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

GUERRA CIVIL E AUTOGESTÃO: a revolução espanhola 1



                                                                                                                                  


A Guerra Civil Espanhola se iniciou em 1936 e se desenvolveu num contexto de pré- Segunda Guerra Mundial. Com isso, quase todos os elementos nela envolvidos também foram observados no conflito mundial. Houve uma luta contra o fascismo2, luta esta que tinha um caráter internacional, e é por isso que a Espanha acabou sendo o destino de muitos militantes antifascistas de todo o mundo, inclusive de brasileiros. Além desta luta antifascista, a Revolução Social também estava presente, como observa Hobsbawn:

[...] não foi por acaso que a política interna desse país notoriamente anômalo e auto-suficiente se tornou o símbolo de uma luta global na década de 30. Suscitou os principais problemas políticos da época: de um lado, democracia e revolução social, [...] do outro, um campo singularmente rígido de contrarevolução ou reação, inspirado por uma Igreja Católica que rejeitava tudo o que acontecera no mundo desde Martinho Lutero. (HOBSBAWN, 1995, p.158)

Assim, como escreveu Gaétano Manfrédonia:

A guerra da Espanha não poderia, em nenhum caso, ser apreendida como uma luta a favor ou contra o fascismo, senão como a última tentativa para o proletariado revolucionário de opor-se à reação, realizando a revolução social. (MANFRÉDONIA, 2002, p.27)

As origens da Revolução Espanhola estão intimamente ligadas às origens do anarquismo espanhol, que data das influências de Proudhon e Bakunin, no século XIX, e foi aumentada com os embates entre Bakunin e Marx no seio da Primeira Internacional. No Congresso da Basiléia, por exemplo, em 1869, havia dois delegados espanhóis que tomaram o partido de Bakunin. A partir da década de 1880, os escritos de Kropotkin também começaram a chegar à Espanha e contribuíram muito para o desenvolvimento dos ideais libertários neste país. A influência de Kropotkin se fez sentir principalmente nas zonas rurais, enquanto a de Bakunin foi sentida nas áreas urbanas.
Outro fator que contribuiu para a Revolução Espanhola e para o predomínio das idéias libertárias foi a fundação de uma central sindical de orientação anarcossindicalista, a Confederação Nacional do Trabalho – CNT –, criada em outubro de 1910. Quando se iniciou a Revolução a CNT tinha uma extraordinária influência sobre o movimento operário, principalmente na região da Catalunha, e em especial em Barcelona, como sugere Pierre Vilar ao dizer que: [...] ela [a CNT] pode, com uma ordem, paralisar Barcelona. E toda mobilização política nessa cidade (como em outubro de 19343), organizada sem ela ou contra ela, caminha para o fracasso. (VILAR, 1989, p.15)
A CNT adquiriu uma importância singular no processo revolucionário, desempenhando, porém, um papel dúbio: ao mesmo tempo em que ela impulsionava os processos de coletivização, ela também ajudou a freá-los na medida em que a guerra se tornava mais importante do que a própria Revolução. Como disse Daniel Guérin:

[...] à medida que o Estado se reforçava e o caráter totalitário da guerra se agravava, a contradição entre uma república burguesa beligerante e uma experiência de comunismo ou, mais genèricamente, de coletivismo libertário, tornava-se mais acentuada. Finalmente, a autogestão teve que bater em retirada, sacrificada no altar do “antifascismo”. (GUÉRIN, 1968, p.138-39)

A Revolução foi catalisada pela tentativa de golpe fascista, como observou muito bem Pierre Broué ao dizer que “A iniciativa da contra-revolução desencadeou a Revolução”  (BROUÉ, 1992, p. 77). Talvez, sem a tentativa de golpe, a Revolução não tivesse ocorrido, ou demorasse um tempo maior para eclodir.
Nessa luta pelo controle direto dos meios de produção pelos produtores é que Diego Abad de Santillán escreveu seus estudos econômicos sobre as possibilidades reais de gestão direta da economia espanhola nos moldes de uma sociedade libertária. Muitas de suas propostas, que consistem basicamente em um esquema de federações começando desde as organizações comarcais e indo até organizações nacionais, foram aprovadas no IV congresso da CNT realizado de 1 a 10 de maio de 1936 sendo que, posteriormente, muitos de seus estudos e propostas acabaram sendo implementados durante a Revolução.
Os processos de coletivização4 na Espanha assumiram uma forma diferente, por exemplo, dos da Revolução Russa. Na Espanha deu-se a chamada “coletivização pela base”, onde os produtores diretos assumem a gestão dos meios de produção. George Orwell descreveu assim a cidade de Barcelona, que era o epicentro da Revolução urbana, quando por lá ele passou, no início da Guerra Civil:

[...] para quem acabava de chegar directamente de Inglaterra o aspecto de Barcelona constituía algo de surpreendente e avassalador. Era a primeira vez que me encontrava numa cidade em que a classe trabalhadora estava no poder. Praticamente todos os edifícios de tamanho apreciável tinham sido tomados pelos trabalhadores e estavam envoltos em bandeiras vermelhas ou ostentavam a bandeira encarnada e negra dos anarquistas; em todas as paredes se viam pintadas a foice e o martelo e as iniciais dos partidos revolucionários; quase todas as igrejas tinham sido esventradas e as suas imagens queimadas. Aqui e ali, brigadas de trabalhadores demoliam sistematicamente igrejas. Não se topava loja nem café que não tivesse uma inscrição dizendo que fora coletivizado – até os engraxadores estavam colectivizados e tinham as suas caixas pintadas de encarnado e preto.(ORWELL, p.8-9)

Os processos de autogestão se que espalharam pela Espanha chegou a tomar conta de aproximadamente 80% do país, segundo Maurício Tragtenberg em seu livro Reflexões Sobre o Socialismo. Porém, os processos de autogestão sofreram um refluxo, tanto pela falta de matériasprimas para a indústria e para as chamadas colectividades rurais5 – com uma grande sabotagem efetuada pelo governo republicano – quanto por derrotas políticas dentro da Espanha e pela política adotada pela URSS em relação à Espanha. A falta de matérias-primas, aliada a uma “má vontade” do governo republicano em ajudar à autogestão e ao intervencionismo estrangeiro, notadamente soviético, dentro do campo “republicano”, causou a decadência dos anarquistas e dos comunistas dissidentes do regime de Moscou, além da ascensão dos comunistas stalinistas. É o que James Joll sugere:

[...] Foi o problema do equipamento e de matérias-primas que, mais do que qualquer outra coisa levou ao declínio os anarquistas. A revolucionária idéia de uma milícia anarquista, abastecida por fábricas anarquistas, inevitavelmente sucumbiu perante a carência geral de matérias básicas; e foi, sem dúvida, o fato de, durante a guerra civil, o governo apenas ter conseguido obter fornecimento da União Soviética que mais largamente contribuiu para a crescente influência dos comunistas e para o eclipse e a supressão dos seus rivais. (JOLL, 1977, p.309)

Assim, tanto o predomínio político dos anarquistas quanto os processos de autogestão entraram em declínio, em favor das ideias do comunismo advindo de Moscou. Pode-se colocar como o símbolo dessa decadência os combates de maio de 1937 na cidade de Barcelona, onde anarquistas e militantes do POUM6 enfrentaram os comunistas com armas pelo controle da central telefônica da cidade, que desde o início da Revolução fora coletivizada e estava nas mãos dos anarquistas, e os comunistas, através do governo, tentaram reavê-la a força. Essa oposição entre anarquistas e comunistas era assunto em jornais e revistas libertárias da época, como por exemplo, na revista Mujeres Libres, que em seu 7° número diz:

Há três meses, o PSUC7, de acordo com o Partido Comunista Espanhol, lança duas palavras de ordem com uma surpreendente insistência. A primeira, “Ganhar a Guerra”; a segunda “lutamos por uma República democrática”, pois bem sabem os camaradas do PSUC que, com efeito, uma vez terminada a guerra, teriam de lutar por esta República democrática, porque há um milhão de homens na Catalunha e outro milhão no resto da Espanha, que não admitiriam esta República democrática. (Mujeres Libres nº 7 in RAGO; BIAJOLI, 2007, p.57)

O que estava em disputa, porém, não eram apenas as ideologias antagônicas, e sim a expansão ou o refluxo dos processos autogestionários, pois o PC – que era de orientação stalinista – era contrário à autogestão, preferindo o modelo burocrático da URSS. Na prática, o PCE8 estava contra a Revolução, pois esta estava ficando fora do controle da URSS e por causa das relações externas desta, que procurava uma aliança com os países ocidentais para poder enfrentar Hitler – mais tarde acabou saindo um acordo com o próprio Hitler. Assim, eles colaboraram com os interesses dos países ocidentais em detrimento da Revolução e, principalmente, da autogestão, como observou Orwell:

[...] Na realidade, foram os comunistas, mais do que quaisquer outros, que impediram a revolução em Espanha. Mais tarde, quando as forças direitistas obtiveram o controlo absoluto, os comunistas mostraram-se dispostos a ir muito mais longe do que os liberais na perseguição dos líderes revolucionários. (ORWELL, p.71-72)

Esta pesquisa visa mostrar como se desenvolveram os processos de autogestão e como eles se deram na prática, além de apreender os fatores de sua derrota. Além disso, ela busca mostrar a atuação da maior central sindical anarquista de todos os tempos, a Confederação Nacional do Trabalho – CNT –, mostrando suas práticas e suas contradições no processo revolucionário espanhol, verificando o impacto de suas atitudes na expansão e na retração da autogestão. A pesquisa também procura entender como os comunistas seguidores de Stálin contribuíram para a derrota da autogestão de forma deliberada e consciente, e que agiam de forma a defender os interesses soviéticos dentro da Espanha e fora dela. Assim, analisando o caso espanhol, podemos ver como se dava a política da Terceira Internacional no âmbito externo à URSS, cujos princípios eram baseados na defesa do regime de Moscou a qualquercusto.
Para o desenvolvimento da pesquisa são utilizados como fontes alguns jornais publicados na Espanha durante os acontecimentos, como o Tierra y Libertad, Solidaridad Obrera, os Boletín de Información de la CNT-FAI e uma seleção de documentos do grupo feminista Mujeres Libres realizados por Margareth Rago e Maria Clara Pivato Biajoli, cuja publicação recebeu o nome de Mujeres Libres da Espanha: Documentos da Revolução Espanhola. Tais jornais são essenciais para a compreensão dos processos de autogestão nas empresas, pois eles estavam entre os promotores ideológicos da autogestão. No entanto, é preciso ser cauteloso ao analisá-los, pois eles estão carregados de ideologia e de “presenteísmo”. Além dos jornais existem também algumas obras essenciais para se analisar a autogestão, tanto teoricamente quanto na prática, como o já citado livro escrito por Diego Abad de Santillán poucos meses antes do início da Guerra Civil e da Revolução, intitulado O Organismo Econômico da Revolução, cuja intenção era dar bases teóricas a uma possível economia autogerida, e que foi em grande parte usado como modelo para a autogestão que se desenvolveu após julho de 1939.
Além destas obras, existem autores que, de uma forma ou de outra, produziram estudos e/ou relatos sobre o conflito espanhol sobre a autogestão em empresas ou mesmo não campo de batalha. Também existem estudos, como o de Carlos José Márquez, em Como se há Escrito la Guerra Civil Española, que são essenciais para uma discussão sobre a historiografia e sobre as memórias produzidas sobre a Guerra Civil, ainda mais quando muitos mitos foram e ainda são criados em torno do conflito, seja pela direita, seja pela esquerda. Outros autores importantes são os que de alguma forma participaram dos acontecimentos ou estiveram envolvidos no conflito, como José Peirats, Daniel Guérin, George Orwell, Frank Mintz, entre outros.
Conclusivamente, a pesquisa tem caminhado no sentido de demonstrar as contradições do próprio movimento libertário, e que nem sempre andava junto com os processos de autogestão. Além disso, divisões internas relacionadas às ideologias – pois não eram apenas os anarquistas que impulsionaram a autogestão – e a própria prática autogestionária deram o tom das disputas no campo “republicano”. Na verdade, o que estava se desenvolvendo era uma luta entre autogestão e heterogestão. Também, é preciso ter em conta a influência que o conflito militar acabou exercendo sobre os processos autogestionários. Inicialmente a luta foi levada a cabo pelas milícias, e aos poucos estas foram sendo substituídas por unidades militares convencionais, com comandos e estrutura militarizados e centralizados. Isso significava a introdução da heterogestão na luta militar contra os franquistas. Ao mesmo tempo, as milícias possuíam poucas armas e estas eram fornecidas, principalmente, pela URSS. No entanto, estas forneciam armas sob certas condições, e elas acabavam indo parar nas mãos do que Carlos José Márquez chamou de “Partido da Ordem”, ou seja, no grupo político que lutava pela manutenção da ordem republicana, ou seja, pelo PCE e seus aliados republicanos. Este “Partido da Ordem” priorizava a luta antifascista – ou seja, o conflito militar – sobre o processo revolucionário. Seu lema era: “Primeiro ganhar a guerra, depois fazer a revolução”. Dessa maneira, podemos observar como os processos autogestionários não estavam separados das disputas político-ideológicas que ocorria dentro do campo republicano e, ao contrário, as modificações políticas que ocorriam no capo “republicano”, de uma forma ou de outra, acabava por incidir na própria prática autogestionária ou na sua expansão ou retração.

Igor Pomini Pasquini  é graduado em História pela UNESP; mestrando em História pela UFU e membro do Coletivo Mundo Ácrata.

Notas:
1 Artigo originalmente publicado nos "Anais do VII Simpósio Nacional Estado e Poder" (Uberlândia, UFU, 20 a 22 de agosto de 2012)
2 O termo fascismo é questionável ao se aplicar aos militares espanhóis, mas aqui ele é usado porque o autor no qual está referindo o utiliza.
3 Em outubro de 1934 houve levantes em várias partes da Espanha, obrigando o governo a decretar estado de sítio. Os militantes da CNT participaram ativamente desses levantes, juntamente com os comunistas, socialistas e outros.
4 A autogestão era geralmente chamada de coletivização, numa tentativa de se diferenciar da nacionalização.
5Estas colectividades, como ficaram conhecidas, eram organizações camponesas que funcionavam como unidades de produção independentes, ao estilo de uma Comuna.
6 Partido Operário de Unificação Marxista. Era um partido cujo propósito era reunir todos os comunistas dissidentes do regime de Moscou. Muitas vezes o POUM é erroneamente classificado como trotskista, pois seus fundadores, Andres Nin e Joaquin Maurín, eram ex-trotskistas.
7 Partido Socialista Unificado da Catalunha. Era um partido catalão alinhado a Moscou e a principal alavanca stalinista na Catalunha.
8 Partido Comunista da Espanha. Era o partido comunista oficial, stalinista e filiado à III Internacional.


Referências Bibliográficas
BROUÉ, Pierre. A Revolução Espanhola 1931-1939. São Paulo: Perspectiva, 1992.
GUÉRIN, Daniel. O Anarquismo: da Doutrina a Ação. Rio de Janeiro: Germinal, 1968.
HOBSBAWN, Eric. Era dos Extremos: O Breve Século XX (1914-1991). São Paulo: Cia das Letras, 1995.
JOLL, James. Anarquistas e Anarquismo. Lisboa: Dom Quixote, 1977.
LEVAL, Gaston; BERTHIER, René; MINTZ, Frank. Autogestão e Anarquismo. São Paulo: Imaginário, 2002.
MÁRQUEZ, Carlos José. Como se ha Escrito la Guerra Civil Española. Madrid: Ediciones Lengua de Trapo, 2006.
MANFRÉDONIA, Gaétano at al. Espanha Libertária: A Revolução Social Contra o Fascismo. São Paulo: Imaginário, 2002.
ORWELL, George. Homenagem à Catalunha. Lisboa: Livros do Brasil.
RAGO, Margareth; BIAJOLI, Maria Clara Pivato. Mujeres Libres da Espanha: Documentos da Revolução Espanhola. Rio de Janeiro: Achiamé, 2007.
SANTILLÁN, Diego Abad de. Organismo Econômico da Revolução: A Autogestão na Revolução Espanhola. São Paulo: Brasiliense, 1980.
TRAGTENBERG, Maurício. Reflexões Sobre o Socialismo. São Paulo: Editora Moderna, 1986.
VILAR, Pierre. A Guerra da Espanha. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.
WOODCOCK, George. História das Idéias e Movimentos Anarquistas (2vol.). Porto
Alegre: L&pm, 2002.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

VIII Congresso Mineiro de Formação de Professores para a Educação Básica.


Centro Universitário de Patos de Minas-08 a 11 de novembro


Programação

8/11 (segunda-feira)

19h: Cerimonial de abertura

19h30min: Apresentação musical

20h30min: Conferência de abertura: “Ensino-aprendizagem e Avaliação”, Prof. Dr. Celso Vasconcellos (Doutor em Educação pela USP; responsável pelo Libertad – Centro de Pesquisa, Formação e Assessoria Pedagógica).

Local: Salão Nobre do Colégio Marista

9/11 (terça-feira)

19h: Mesas-redondas

Mesa-redonda 1: “Politicas de avaliação da Educação Básica: limites e possibilidades para a atuação docente”

Prof.ª Me. Elisângela Teixeira Gomes Dias (Doutoranda pela UnB. Professora da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal).

Prof.ª Me. Ana Paula de Matos Oliveira (Mestre em Educação pela UnB. Técnica em assuntos Educacionais no INEP. Orientadora Educacional da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal).

Prof.ª Me. Maria da Penha Vieira Marçal (UNIPAM, Doutoranda em Geografia pela UFU).

Mediadora: Prof.ª Maria Marta do Couto Pereira Rodrigues (UNIPAM, Doutoranda em Educação pela UnB).

Local: Auditório da Biblioteca UNIPAM

Mesa-redonda 2: “Ciência e Aprendizagem na Educação Básica”

Prof. Dr. Sérgio Pereira da Silva (UFG. Doutor em Educação pela PUC-SP).

Prof.ª Cátia Aparecida Silveira Caixeta (Colégio Nossa Senhora das Graças)
Mediadora: Prof.ª Elisa Aparecida Ferreira Guedes Duarte (UNIPAM, Mestre em Educação pela UFU).

Local: Salão de Júri do UNIPAM, Bloco

21h: Intervalo, com lançamento de livros, e café de confraternização.
Local: Saguão do 1º piso do Bloco M

21h30min: Apresentação de pôsteres

Local: Saguão do 1º piso do Bloco M

10/11 (quarta-feira)

19h:Apresentação de comunicações orais
Local: Salas de aula do Bloco M UNIPAM

21h: Oficinas

11/11 (quinta-feira)

19h: Minicursos

Relação de oficinas

1.Práticas de Genética Prof.ª Priscila Capelari Orsolim (UNIPAM/UFU); Prof.ª Rosiane Gomes (UNIPAM/UFU); Prof.ª Nayane Moreira Machado (UNIPAM/UFU); Prof. Jeyson Césary Lopes (UNIPAM/UFU)

2. Práticas de BotânicaProf.ª Me. Norma Aparecida Borges Bitar (UNIPAM); Prof.ª Walkíria Fernanda Teixeira (UNIPAM/UFU); Prof.ª Janaína Oliveira da Silva (Advice)

3. Estratégias didáticas para o trabalho com produção de textos
Prof.ª Me. Elisângela Teixeira Gomes Dias (Doutoranda em Educação pela UnB; Professora da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal)

4. Elaboração de provas nota 10: sugestões práticas para os anos iniciais
Prof.ª Me. Elizete Maria da Silva Moreira (UNIPAM); Ivani Aparecida da Silva Soares (supervisora SEMEC/ Lagoa Formosa)

5. Ler a paisagem para entender o mundo: uma metodologia de ensino para as aulas de Geografia Prof. Me. Leonardo Moreira Ulhôa (Doutorando em Geografia pela UFU, e Professor de Geografia na Faculdade Católica de Uberlândia).

6. Trabalhando os descritores (SAEB/SIMAVE) de Língua Portuguesa
Prof.ª Dr.ª Leandra Batista Antunes (UFOP)

7. Princípios da Tecnologia Escutatória: a arte como contribuição ao desenvolvimento humano Grupo EmCantar (Uberlândia)

8. Prática de conhecimentos linguísticos para o Ensino Fundamental I: um trabalho possível e necessário Prof.ª Dr.ª Sueli Maria Coelho (UFMG, Doutora em Estudos Linguísticos pela UFMG)

9. Novas tecnologias aplicadas às Ciências Biológicas Prof. Me. Flávio de Paula Soares Carvalho (UNIPAM, Mestre em Educação em Ciências e Matemática)

10. Conservação de alimentos Prof. Bruno Teixeira Anderle (Prefeitura Municipal de Patos de Minas/Escola Advice)

11. Para além da aparência: tessituras entre moda e arte
Prof.ª Cristina Matos Silva (UNIPAM, Mestranda em Estudos de Linguagens pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais)

Relação de minicursos

1. TICs na Educação: interatividade e interação em projetos multimídia
Prof.ª Dr.ª Suely Aparecida Gomes Moreira (UFU, Doutora em Geografia pela UNESP)

2. Desafios Atuais na Gestão da Carreira Docente: desenvolvimento de competências e busca de resultados Prof. Flávio Daniel Borges de Morais (Mestrando em Administração de Empresas – Professor UNIPAC-Vazante/MG e UNICERP-Patrocínio/MG)

3. Atividades experimentais de Ciências e Biologia Prof.ª Bethânia Cristhine de Araújo (UNIPAM, Mestre em Genética e Bioquímica pela UFU); Prof.ª Nívia Maria Borges Pereira (UNIPAM, Mestre em Educação: Magistério Superior pela UNITRI)

4. Ensino de Leitura por meio dos descritores (SAEB/SIMAVE) de Língua Portuguesa Prof.ª Dr.ª Leandra Batista Antunes (UFOP)

5. Para além do ensino de gramática: a prática de análise e reflexão linguísticas Prof.ª Dr.ª Sueli Maria Coelho (UFMG, Doutora em Estudos Linguísticos pela UFMG)

6. A Física nas Ciências Biológicas Prof.ª Adriana Nogueira Alves (Colégio Equipe de Patos de Minas)

7. A Geografia como ciência e como disciplina no século XXI
Prof. Luís Geraldo Xavier (Colégio Nossa Senhora das Graças e Colégio COC Da Vinci)

8. Comunidades negras e a Lei 10.639: caminhos e possibilidades para a cidadania Prof. Dr. Paulo Sérgio Moreira da Silva (UNIPAM, Doutor em História pela UFU).

9. Navegar é preciso, narrar também é preciso Prof.ª Dr.ª Maria Ivonete Santos Silva (UFU)

10. O mundo das ideias do século XIX Prof. Me. Thiago Lemos Silva (Mestre em História pela UFU e membro do Coletivo Mundo Ácrata).

11. Gênero textual e ensino: entrelaços Prof. Me. Geovane Fernandes Caixeta (UNIPAM, Doutorando em Estudos Linguísticos pela UFMG) e Elizene Sebastiana de Oliveira Nunes (UNIPAM, Mestranda em Estudos Linguísticos pela UFMG)

12. Educação Ambiental, Ética e Direito dos animais: história, legislação e perspectivas de estudos Prof. Me. Roberto Carlos dos Santos (UNIPAM) e Milton Elder Lopes Menezes (4º Período de Engenharia Ambiental, UNIPAM).

13. Matemática e Artes Polo Rede Arte UFU/Patos de Minas.

14. Intervenções Pedagógicas Para a Aquisição de Habilidades na Leitura Prof.ª Dirlene Aparecida  Resende (SEMED/ Patos de Minas), Prof.ª Maria de Lourdes Vinhal (SEMED/ E.E. Marcolino de Barros).

15. A dança escolar: abordagem pedagógica na educação infantil e no ensino fundamental Prof.ª Célia Bernardes (Mestre em Promoção de Saúde pela UNIFRAN), e Prof.ª Ana Flávia Andalécio Couto da Silva (Especialista em Informática em Saúde pela UNIFESP, e em Atividade Física na Promoção da Saúde pelo UNIPAM).

16. Teoria, fundamentos e prática do desenho artístico Junice Pereira (artista plástica, com especialização em Artes pelas Faculdades Integradas de Jacarepaguá)